No início do mês de maio foi lançado o Anuário Estatístico Abracopel – Acidentes de Origem Elétrica – onde foram registrados 1.424 acidentes, de origem elétrica, além de 622 mortes, todos ocorridos em 2018, no Brasil.
Deste montante, 836 foram causados por choques elétricos, 537 incêndios por sobrecarga ou curto-circuito e 51 descargas atmosféricas. Estes valores representam um aumento de 2,67% em comparação ao ano de 2017 e de 37,2% em relação ao ano de 2013, ano em que o projeto do anuário teve início.
Infelizmente, as estatísticas só fazem aumentar no ano de 2019. Desde janeiro já temos um número considerável de acidentes com mortes envolvendo a eletricidade.
Um pequeno descuido.
Mais uma morte, envolvendo uma criança, foi registrada, esta semana no Piauí. Uma menina de apenas dois anos morreu após sofrer uma descarga elétrica na extensão que estava ligada à televisão dentro de sua casa. Como temos visto ultimamente, acidentes como este acontecem no ambiente doméstico, onde acreditamos ter total controle sobre nossos atos.
É possível notar que dentro de casa, local em que deveríamos ter maior atenção com nossas instalações elétricas, é também o local mais propício a acidentes, e isto ocorre, exatamente, por confiarmos demais, por relaxarmos demais, por pensarmos que nunca nada atingirá nosso ambiente sagrado.
Dúvidas…
Quantas mortes ainda teremos que ver nos noticiários até que as pessoas tomem consciência que a eletricidade é uma coisa séria, que não é só um “choquinho” e que SIM, ela MATA?!
Será que é tão difícil as pessoas entenderem que, a cada dia, as estatísticas de mortes e choques elétricos estão aumentando e isso acontece, muitas vezes por um descuido, como foi o caso desta menina, ou por um descaso e falta de responsabilidade ao comprar fios e cabos irregulares?
Até quando fabricantes, vendedores e compradores de fios e cabos entenderão que eles também são RESPONSÁVEIS pelo aumento destas estatísticas e que, com a comercialização de produtos irregulares, eles estão colocando em RISCO a vida de milhares de pessoas.
Esperamos que, num futuro não tão distante, possamos olhar para essas estatísticas e dizer “Até que enfim, tudo mudou!”, e que este anuário não precisará mais ser confeccionado, pois, não existirão mais problemas com eletricidade.